terça-feira, 30 de novembro de 2010

Doce Loucura

Capitulo II

Assim que amanheceu levantei-me da cama e fui lavar-me. Nesta manhã tinha de trabalhar e não gostaria de levar faltas que só encurtavam as minhas ferias.
Sai de casa e fui até ao carro. Erick estava no quintal a regar as plantas e de novo sem camisa.
Perguntei-me outra vez se não sentia frio da maneira como estava exposto. Ele não se importava que as pessoas olhassem para ele. Alias o que é bom é para ser apreciado.
De repente dei-me conta de que estava a ser observada e não tinha formas de fugir.
- Olá.- disse-me ele com um sorriso forçado na cara.
Nunca, desde que mudou-se para este bairro vi na cara de Erick um sorriso.
- Oi. Estava apreciando as suas flores, estão muito bonitas.
- Obrigado.Este saiu de uma forma cínica.
Porque que aquele homem detesta-me tanto que nem um sorriso fingido consegue dirigir-me.
Tinha de concentrar-me no trabalho e fui-me embora com ar envergonhado.
No trabalho não conseguia concentrar-me em nada a não ser que tinha uma recepção a fazer na noite seguinte e este seria o meu ultimo dia pois sairia de féria.
Minha amiga Kate e eu fariamos anos no mesmo dia e combinamos fazer algo único.
sai do trabalho e foi para casa ver se organizava algumas coisas.
- Graças a Deus. Estou de férias.

Dei de comer a minha Kit e fui vestir-me para a corrida da tarde.
Erick quase não saia de casa, pelo que eu podia ver. Sempre que chegasse a casa o seu carro estava ali parado no mesmo lugar de sempre.
Mudei de roupa e sai com Kit para correr. O tempo estava limpo, estava a chegar o verão e muita gente já sentia o calor infernal a entrar e corriam para a praia para se refrescar.
De longe avistei algo que me parecia familiar. O traseiro de um homem parado na beira da praia.
Era ele. Pode reconhece-lo.
Aproximei-me então dele para o cumprimentar.
- Olá...- estava quase sem fôlego
- Estou estranhando os nossos encontros- disse olhando para o decote em V que a minha blusa fazia.
- Por acaso saio todas as tardes para correr com Kit e dar umas voltas por ai, espairecer um pouco.
- Ham.Por acaso quando tenho muito trabalho e me sinto frustrado venho para a praia relaxar.- Posso fazer-te um convite?
- Claro- respondi-lhe como se estivesse muito desesperada para estar com ele. 
E estava.
- Vamos até ao F Food's. Não vais querer chegar à casa e fazer o jantar, pois não?
- Pode ser, vamos.
Chegamos ao F Food's e sentamos-nos na parte de fora por causa de Kit e do seu cão Ruffs.
Ruffus era um labrador e era enorme.Tinha uma cor castanha e manchas pretas.
A empregada que nos atendia não tirava os olhos de Erick e isso deixava frustrada pois ele jogava com ela os mesmos olhares.
- Já sabem o que vão querer-perguntou ela ainda olhando para ele.
- Sim. Salada de batata e meia doze de alface.
- E o senhor?
- Não me chames de senhor. trata-me por  Erick. Eu vou querer uma doze de entrecosto assados.
Ao ouvir o que ele iria comer, quase enjoei. Não estava habituada a comer carne.Desde pequena minha mãe ensinara-me a ser vegetariana.
- Sirvo-vos já.
A empregada saiu de perto de nós ainda com os olhos postos em Erick.
- Não podias ser mais discreto?- perguntei-lhe com as bochechas coradas.   
- Ela deu-me bola e eu só joguei-a.Porquê estás com ciumes Mae? 
Ao ouvir o meu nome em sua boca suava como música em meu ouvidos. Nunca pensei que aquele homem soubesse o meu nome.
Ele interrompeu o meu pensamento.
- Fala-me de ti.- Ele mexeu em seu cabelo ao falar comigo. Parecia mais um tique nervoso.
- Bem. Eu sou Professora, gosto de ensinar crianças porque as adoro...
- Já foste casada?
essa pergunta saiu-me um pouco intima para duas pessoas que não se davam muito bem.
- Não nunca fui. Estou a procura de alguém que me ame e goste de mim de verdade. Por enquanto me divirto com quem se quer divertir.
- Não é o teu caso pois não?
Ele olhou para mim como se quisesse provocar-me algum medo por ter feito aquela pergunta.
- Não não é. Mas, eu sou o tipo de homem que nenhum pai quer como marido para a sua filha.
- Eu não entendo Erick. Se não és este tipo de homem porque que meu pai não te iria querer como genro?
Por um curto momento ele baixou a cara, como se ele preferisse não tocar no assunto e assim não o fez.
Quando a  rapariga trouxe a conta pode reparar que na parte de trás da factura tinha um número de telefone e uma morada. O encontro estava marcado e eu não pode nem entender.
Depois dai não se falou mais nada até o momento que fomos para casa.
A caminho de casa Erick pegou-me no braço e de repente paramos.
- Mae!- não tentes saber nada sobre mim. Acho que estamos melhor assim como estamos.Sei que queres algo que eu não te poderei dar.
Fiquei congelada ao sentir o seu calor e ao  ouvir aquelas palavras vindo de seus lábios. Como posso sentir-me atraída por um homem que não se abre com ninguém, passo a maior parte do tempo fechado dentro de casa e não quer saber do mundo lá fora.
- Erick eu não quero nada de ti.Não me passou pela cabeça  pedir-te alguma coisa. Apenas quero ser tua amiga se tu deixares e nada mais.
- Chegamos!
Ele deixou-me em casa com Kit e se foi embora.
Naquele momento fiquei cheia de raiva por não conseguir decifrar o homem por quem estava atraída.
    

Doce Loucura

Capitulo I

Era uma noite fria de inverno,estava em meu quarto penteando meus cabelos quando de repente ouvi um estrondo no meu quintal.
Perguntei-me a mim mesma o que seria aquele barulho estranho que acabara de ouvir e fui até ao quintal.Era estranho, não havia lá nada que demonstra-se alguma irregularidade. Foi assim que de repente olhei para a janela do lado e lá estava ele Erick Mark, sem camisa apenas com as calças de treino postas.
Mais como o frio era de rachar tive de voltar a entrar e continuei olhando para ele do meu alpendre...

Na manhã seguinte sai para comprar algumas coisas que estavam a faltar em casa.
No caminho para o super mercado, encontrei Ana que estava grávida de já sete meses e desde que engravidara não podia sair de casa até então.
- Como estás Ana?- perguntei olhando para sua barriga.
- Vou sobrevivendo cada dia.
Ana estava esperando um rapaz, mais seu marido era contra aquela criança que crescia dentro dela, ele nunca quisera ter filho e Ana sofria calada até descobrir que estava grávida e ter decido deixar-lhe.
- Ontem fui ao médico e ele disse que estava tudo bem com o bebé, que devia continuar com o repouso absoluto.
- E porquê estás aqui na  rua por essas horas, não devias estar na cama?
Ela olhou para mim com ar de quem estava muito triste, e ela estava. Amava demais um homem que quando soube que estava grávida abandonara ele e o bebé sem ter onde morar nem onde vestir ou o que comer...
- Faltam-me  algumas coisas em casa e só ontem consegui o dinheiro para as coisas do bebé.
-Queres companhia para as compras?
Ao ouvir isso alegrou-se e fomos juntas para o super mercado.
encontramos tudo o que podíamos levar para o bebé e até o que ele não precisaria. Sentamos-nos na cafetaria e conversamos um pouco sobre a nossa vida, a nossa infância e sobre o nome do bebé.
- Ana! eu deixo-te em casa. Não voltas com essas sacolas todas a pé.
- Está bem. Eu vou contigo.
Deixei Ana em casa e enquanto fazia tempo para o trabalho, ajudei-lhe a arrumar as coisas do bebé e montar o que dava.
Depois do trabalho foi para casa e lá estava o carro dele em frente a entrada da sua casa.
Tive vontade de ir até lá, mais era impossível. Foi então que tive a excelente ideia de partir o ralo do lava-louça e pedir ajuda para ele.
Bati a porta duas vezes mais ele não atendia. voltei a bater e desta vez ele apareceu todo molhado e de tolha.
Não conseguia sentir as minhas pernas, parecia que tudo em mim estava fora de mim. tive de me concentrar para poder falar com ele.
- Oi...- ele disse com uma voz meiga, mais parecia estar chateado.
- Desculpa interromper o seu banho mais...mais...É que o meu ralo esta partido e a minha cozinha está a inundar por todos os lados. Preciso de ajuda...
Ele olhou para mim como se soubesse que aquilo tinha acontecido de propósito. Então ganhando fôlego disse:
- Deixa-me por umas calças  que eu vou já para ai.
Não demorou muito tempo e lá estava ele. Ao entrar pela porta deixava em minha sala o seu perfume que me deixava louca e excitada naquele momento.
- Onde é o problema?- perguntou ele com ar de desconfiado.
- É na cozinha.
Erick olhava para mim como se seguisse os meus movimentos. Ao chegamos a cozinha ele olhou para os lado e viu que tudo estava encharcado.
Erick tirou a t-shirt. E eu me perguntava se não estava tanto frio para ele estar sem camisa.
Ele tinha o peito todo desenhado parecia um tanque de lavar a roupa.
- Segure nisto aqui para mim, por favor.
Tendo nas mãos a sua camisa encostei-a ao meu nariz para poder sentir o seu cheiro sem que ele me visse.
Perguntava-me a mim mesma porque me sentia tão atraída por ele se nunca nem sequer olhamos um para a cara do outro.
Mais cada movimento dele despertava-me ainda mais e não conseguia mais resistir.
Ao tentar passar para o outro lado da cozinha tropecei e cai em seu braços.Eu queria o assim como ele me queria a mim, mais não era capaz de admiti-lo.
- Acho que já acabei...- Ele olhou para mim e ajudou-me a levantar.
- Mui...muito obrigado.- Agradeci-lhe sem olhar para os olhos dele.
- Qualquer coisa é só chamar.
Podes ter a certeza que eu chamo.